
Antonio Palocci trouxe à tona a delação mas intensa até o momento. O ex-ministro de Lula e de Dilma afirmou que os dois presidentes petistas chegaram a brigar entre si por mais propina.
Na delação, Palocci afirma que, na ânsia de se livrar da dominação de Lula, Dilma chegou a dar “corda” para o aprofundamento das investigações da Operação Lava Jato, na época já na cola de Lula.
“A respeito da ruptura entre Lula e Dilma, recorda-se o colaborador que, durante o crescimento da Operação Lava Jato, Dilma deu corda para o aprofundamento das investigações, uma vez que isso sufocaria e implicaria Lula.”
A resposta de Lula, conforme delata Palocci, viria por meio de ‘ameaças’, relembrando em diversas ocasiões e com fartura de testemunhas que Dilma era a presidente do Conselho da Petrobras em momentos que a estatal firmou diversos contratos danosos à sua própria existência.
“Por sua vez, Lula, em movimento reverso, relembrava que Dilma era a presidente do Conselho de Administração da estatal [Petrobras] na época de grande parte dos fatos apurados, lembranças estas que fazia em diversas reuniões no Instituto [Lula] na presença de dezenas de pessoas”.
Por fim ele conclui: “Esse momento de ruptura se caracterizava por um ex-presidente dominante que queria controlar o governo de sua indicada e preparar sua volta à Presidência, sendo que isso exigia um controle do financiamento lícito e ilícito do seu instituto e do PT, ao passo que a presidente lutava pela renovação de seu próprio mandato.”

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