
Desde que Eduardo Cunha sinalizou que deixava o governo Dilma, ainda em meados de 2015, o petismo se deu a tachar de golpistas alguns peemedebistas. Era uma forma de vender para a opinião pública que a presidente da República enfrentava um processo em desacordo com a lei – o que não passava de uma mentira descarada.
Com a aproximação da eleição de 2018, Lula percebeu que suas principais alianças atuavam justo no PMDB. E iniciou todo um movimento para reverter o estrago da narrativa, com pronunciamentos e iniciativas que se alinhavam com o mesmo governo Temer que ele tanto acusou de golpe. No final de 2017, a articulação deu um enorme salto e selou aliança para disputar o governo de Alagoas como vice.
Para surpresa de ninguém que acompanhou a sequência com a devida atenção, o arranjo se deu na chapa de Renan Filho, cria de Renan Calheiros, do tão surrado PMDB. Os ‘golpeados’ perdoaram os ‘golpistas’.

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