
Pouco tempo após deixar a carceragem da Polícia Federal em Curitiba, onde passou um ano e meio preso por corrupção e lavagem de dinheiro, o ex-presidente Lula fez um longo discurso na abertura do 7.º Congresso Nacional do PT em São Paulo, no qual defendeu a polarização com o governo Jair Bolsonaro, defendeu os feitos dos governos petistas e se recusou a fazer autocrítica em relação aos erros cometidos pelo partido. Segundo Lula, “um pouco de radicalismo faz bem à nossa alma”, embora tenha afirmado que não considera o PT um partido “radical”.
“Aos que criticam ou temem a polarização, temos que ter a coragem de dizer: nós somos, sim, o oposto de Bolsonaro. Não dá para ficar em cima do muro ou no meio do caminho: somos e seremos oposição a esse governo de extrema direita que gera desemprego e exige que os desempregados paguem a conta”, afirmou o ex-presidente.
Segundo o Jornal Correio Braziliense, Lula afirmou:
“Não fomos nós os responsáveis, ativos ou omissos, pela eleição de um candidato que tem ojeriza à democracia; que foi poupado de enfrentar o debate de propostas (…) Não fomos nós que falamos em fechar o Congresso, muito menos o Supremo, com um cabo e um soldado. Em nossos governos, as Forças Armadas foram respeitadas e os chefes militares respeitaram as instituições, cumprindo estritamente o papel que a Constituição lhes reserva. Nenhum general deu murro na mesa nem esbravejou contra líderes políticos. Não fomos nós que pedimos anulação do pleito só para desgastar o partido vencedor”, disse em tom enfático.

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