
Se alguém acreditava cegamente nas mensagens publicadas pelo Intercept, novos fatos surgem para derrubar essa opção.
Além de, até o momento, nada além de um monte de trechos publicados somente no site de Glenn Greenwald, foram apresentados, nenhuma prova, nenhuma confirmação real de que aqueles diálogos sequer aconteceram, os erros contidos nas novas publicações colocam em risco a já fragilizada – e talvez já inexistente – credibilidade das matérias.
A seguir, um dos trechos, divulgados pelo Intercept, com os erros que pegos pela Jovem Pan e pelo O Antagonista.
A conversa, segundo a publicação original, trazia uma conversa de Ângelo Goulart Vilela e Monique, onde ambos criticam fortemente Sergio Moro.
Acontece que, os diálogos se passam em 2018, em primeiro de novembro, no entanto, Ângelo Goulart Vieira foi preso em 2017 pela Operação Patmos, ao ser citado por Joesley Batista. Ângelo foi acusado de corrupção por atuar embaraçando delações e investigações da J&F. Além do mais, se ocorreu mesmo o diálogo, ter um procurador preso por corrupção do lado dos críticos de Moro, só conta pontos para o ministro.
Glenn, então, diante desse erro, apagou o tweet e trocou o nome na matéria para Angelo Augusto Costa, e aí entra mais um detalhe interessante. Nem Angelo Augusto Costa nem Monique integram o time da Lava Jato.
Para piorar ainda mais a situação de Greenwald, um dos chats publicados tem como data 28 de outubro de 2019, ou seja, diretamente do futuro.
Monique Checker, citada anteriormente e com mensagens vazadas por Glenn, enviou uma mensagem aO Antagonista esclarecendo ainda mais os fatos:
“Sobre a parte em que o The Intercept diz que escrevi: ‘Desde que eu estava no Paraná, em 2008, ele (Sergio Moro) já atuava assim. Alguns colegas do MPF do PR diziam que gostavam da pro atividade dele, que inclusive aprendiam com isso’, esclareço que, conforme pode ser obtido publicamente dos meus assentos funcionais, durante praticamente todo o ano de 2008 eu trabalhei como procuradora de contas do Ministério Publico junto ao TCE do Rio de Janeiro, cargo que assumi em 2006. Nunca tinha ouvido falar do ex-juiz Sergio Moro, muito menos tive contato com alguém do MPF/PR. Tomei posse no MPF em dezembro de 2008, com lotação numa cidade do interior do Paraná. Da posse, seguiu-se logo o curso de ingresso e vitaliciamente em Brasília, e o recesso judicial, e só fui conhecer alguém do MPF/PR que já tinha trabalhado com o ex-juiz Sergio Moro, ou menção a esse nome, tempos depois.
Não reconheço os registros remetidos pelo The Intercept, com menção a minha pessoa, mas posso assegurar que possui dados errados e alterações de conteúdo, pelos motivos expostos acima”.
Um detalhe interessante, é que nos diálogos citados acima, apenas Janice Agostinho Barreto Ascari faz parte da Lava Jato, mas em São Paulo, onde Moro não atuou.
Um outro detalhe ainda mais interessante, se a tese inicial do Intercept queria provar que Moro e o MPF perseguiram Lula injustamente, como é que em alguns trechos o MP, caso as mensagens sejam verdadeiras, se mostra irritado com o juiz? Parece que o rato parido pela montanha está prestes a ser esquecido.
Com informação da Jovem Pan, O Antagonista e MBLNews.



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