
Gilmar Mendes, do STF, concedeu uma entrevista ao Estadão, e comentou sobre os acontecimentos recentes envolvendo a política e o meio jurídico brasileiro.
Quando questionado sobre Moro ser visto como um herói pelos brasileiros e se isso abriria uma margem para algum excesso, Gilmar respondeu: “Se eu fosse listar todos esses episódios, teríamos vários desses personagens que já não são mais lembrados, como o procurador Luiz Francisco, o delegado Protógenes (Queiroz), que a mídia em algum momento transformou em herói e, quando se revela a sua inconsistência, a mídia lhes dá um enterro silencioso. Se a mídia já tivesse feito um exame, talvez a gente não tivesse de conviver com esses falsos heróis da atualidade. Em geral, não têm vida longa. O cemitério está cheio desses falsos heróis”.
Os entrevistadores perguntaram então, se Gilmar havia colocado Sergio Moro na sua lista de falsos heróis. Ele respondeu: “Eu não coloquei. O que eu acho é que faz parte do nosso processo civilizatório, nós temos de encerrar esse ciclo de ficar na busca de heróis. Eles são apresentados por vocês (mídia) como tal e eles passam a acreditar nisso. Depois, coitados, passam a ter um grande problema de depressão, obviamente antes de desaparecerem por completo”.
Com informação do Estadão

Canal de divulgação de informações sobre a República de Curitiba