
O deputado federal Paulo Eduardo Martins explicou de maneira bastante didática e certeira o que ocorreu em 1964.
Disse ele:
“Em 31/03/1964 os militares fizeram o que tinha que ser feito. O contexto da época diz. Eles nos livraram do comunismo, mas também destruíram a direita e construíram um estado pesado, influenciados pelo socialista fabiano Delfim Neto. É a história, que precisa de novas páginas.
Tudo ocorreu por causa da Constituição de 1946, que previa que o povo votava no presidente e votava no vice. Jânio concorreu pelo PTN, aliado à UDN, que tinha Milton Campos candidato a vice. O povo escolheu Jânio presidente, mas rejeito o udenista como vice e preferiu Goulart.
Fosse chapa única, como é hoje, o vice de Jânio seria Milton Campos, não o vermelhinho João Goulart. Nesse cenário, é provável que Jânio não fizesse ou movimento de renúncia, ou se fizesse, Campos seria presidente e combateria os vermelhos, sem necessidade de qualquer ruptura.
Se não existisse a previsão de chapas separadas na Constituição de 1946, 1964 não existiria. Existiria apenas o ano de 1964, como tantos outros anos.”
Tudo ocorreu por causa da Constituição de 1946, que previa que o povo votava no presidente e votava no vice. Jânio concorreu pelo PTN, aliado à UDN, que tinha Milton Campos candidato a vice. O povo escolheu Jânio presidente, mas rejeito o udenista como vice e preferiu Goulart.
— Paulo Eduardo Martins (@PauloMartins10) March 31, 2019
Se não existisse a previsão de chapas separadas na Constituição de 1946, 1964 não existiria. Existiria apenas o ano de 1964, como tantos outros anos.
— Paulo Eduardo Martins (@PauloMartins10) March 31, 2019
Martins, ao expor que o Regime Militar “também destruiu a direita”, reflete o resultado de décadas em que o posicionamento liberal e/ou conservador foi taxado de criminoso e intolerante, retorno ao debate público somente em 2013, e ainda assim com tamanha timidez. Ainda hoje, mesmo com o pensamento de direta tendo vencido as eleições do Executivo no país, e tendo apontado um grande número de membros para o Legislativo, existe uma aura de julgamento para com o indivíduo que se auto intitula conservador ou liberal.

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