
Conforme noticiado pelo República de Curitiba, o STF pretende restringir os poderes da Receita. O motivo é a recente investigação no patrimônio de Gilmar Mendes.
Após a notícia de que o ministro teve seu patrimônio investigado, sob suspeita de lavagem de dinheiro e demais focos de corrupção, Gilmar se defendeu reclamando de um suposto “lavajatismo” na Receita. “O grupo realiza investigações policialescas, que nada têm a ver com a Receita” disse ele.
Não contente com a provocação, a Operação Lava Jato do Rio respondeu o ministro com uma nota.
Abaixo segue a íntegra:
“As afirmações propaladas há alguns dias na mídia pelo ministro do STF Gilmar Mendes, sobre uma suposta relação entre procedimentos instaurados pela Receita Federal contra si e as suas decisões nos habeas corpus derivados da Operação Calicute, são devaneios sem qualquer compromisso com a verdade.
Os membros da Força-Tarefa da Lava Jato no Rio de Janeiro não têm conhecimento de qualquer atuação do órgão fazendário que tenha relação, ainda que indiretamente, com o ministro Gilmar. A Receita Federal, por meio do seu Escritório de Pesquisa e Investigação (Espei), é importante parceira do Ministério Público Federal nas investigações realizadas, sendo sua atuação limitada ao objeto das apurações, sempre com respaldo na lei e prévia autorização judicial.
O auditor que supostamente teria investigado o Ministro não trabalha, nunca trabalhou ou foi demandado por membros da Força-Tarefa da Lava Jato do Rio de Janeiro. A propósito, as divergências com o Ministro ou qualquer outra autoridade foram sempre expressadas em manifestações formais e em procedimentos próprios, como nos dois pedidos de suspeição/impedimento que foram feitos em razão da notória ligação de Mendes com investigados que por ele foram soltos.
É preocupante que um Ministro do Supremo Tribunal Federal se sinta perseguido. Havendo fatos ilícitos concretos, devem ser objetivamente apontados, para que sejam investigados. Mas palavras ao vento e insinuações caluniosas para desqualificar o trabalho de instituições brasileiras que têm o reconhecimento da sociedade em nada contribuem para o amadurecimento da nossa democracia.
A afirmação em público de que a Receita Federal presta serviços de ‘pistolagem’ por encomenda de procuradores e juízes demonstra que Sua Excelência continua a ofender gratuitamente a honra de magistrados e servidores porque acredita estar acima do bem e do mal, comportamento que numa República amadurecida não deve ter espaço”
Em seu Twitter, Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Operação sediada em Curitiba, destacou um trecho do documento:
Lava Jato do RJ: "Afirmação em público d q a RF presta serviços d 'pistolagem' por encomenda d procuradores e juízes demonstra q [o Min. Gilmar M.] continua a ofender gratuitamente a honra d magistrados e servidores pq acredita estar acima do bem e do mal” https://t.co/CzoVMn62Cq
— Deltan Dallagnol (@deltanmd) February 25, 2019
Com informações dO Antagonista

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