
O Poder Judiciário brasileiro tem muito a aprender com a Suprema Corte da Suécia.
O tom do funcionamento do Supremo sueco pode ser explicado pela indignação do juiz Göran Lambertz ao tomar conhecimento dos privilégios que os ministros brasileiros tem.
“Não almoço à custa do dinheiro do contribuinte” diz ele. E continua: “Não consigo entender por que um ser humano gostaria de ter tais privilégios. Só vivemos uma vez e, portanto, penso que a vida deve ser vivida com bons padrões éticos. Não posso compreender um ser humano que tenta obter privilégios com o dinheiro público”.
Os salários dos juízes suecos da Corte, que não possuem status de ministros, após o corte tributário do país é o equivalente a R$ 25 mil. “Isso é o que se ganha, e é um bom salário. Pode-se viver bem com vencimentos desse porte, e é suficiente” explica Lambertz.
Enquanto isso, no Brasil, a remuneração dos funcionários públicos produz um impacto de R$ 4,1 bilhões nos cofres da união e dos Estados. Além dos salários de R$ 39 mil, os ministros do Supremo tem direito a carro oficial com motorista, além dos benefícios extra-salariais como auxílio-saúde, auxílio moradia, gratificação natalina, verbas de representação, auxílio-funeral, auxílio pré-escolar para cada filho, abonos de permanência e auxílio-alimentação.
E Lambertz ainda explica: “Quando o sistema de justiça de um país não é capaz de obter o respeito dos cidadãos, toda a sociedade é rompida pela desordem. Haverá mais crimes, haverá cada vez maior ganância na sociedade, e cada vez menos confiança nas instituições do país. Juízes têm o dever, portanto, de preservar um alto padrão moral e agir como bons exemplos para a sociedade, e não agir em nome de seus próprios interesses”.
É realmente indignante.
Informação do G1.

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