Advogados de Lula vão reforçar pedido para que ele participe de debates mesmo na cadeia

Com a oficialização da “candidatura” de Lula ao Planalto em convenção no último fim de semana, o PT vai reforçar o pedido no TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) para que o ex-presidente, preso, possa participar do primeiro debate entre presidenciáveis. Na noite da próxima quinta-feira (9), a TV Bandeirantes realiza o encontro entre os candidatos a presidente, que também terá transmissão pelo UOL.

A juíza federal Carolina Lebbos, responsável pela questão na primeira instância, já negou o pedido em 17 de julho. Desde a última quarta-feira (1º), a questão tramita no TRF-4, ainda sem manifestação do relator, o desembargador João Pedro Gebran Neto.

“A gente pode entrar com um pedido no meio da ação que já corre. A gente vai apresentar uma petição”, disse ao UOL o ex-ministro Eugênio Aragão, advogado do PT responsável pela área eleitoral. O pedido ainda será apresentado pela defesa.

Em seu programa na rádio BandNews FM na manhã desta segunda-feira (6), o jornalista Ricardo Boechat, que participa do grupo que organiza o debate na emissora, afirmou que, se Lula não for liberado pela Justiça, ele não poderá ser substituído por outra pessoa no evento.

“Não vindo o Lula, não pode vir alguém no seu lugar porque o debate é restrito a candidatos à Presidência da República declarados como tal, lançados como tal”, disse. Ou seja, o ex-prefeito paulistano e coordenador do programa de Lula, Fernando Haddad (PT), lançado como vice na noite de domingo (5), não deverá representar o ex-presidente no encontro.

“Não cabe à Band garantir que ele saia da cadeia para vir ao debate. Cabe à Band convidar o partido para trazer seu candidato, seja ele qual for. Agora, pelo andar da carruagem, é improvável que o Lula tenha autorização da Justiça para deixar a cadeia para participar não só do debate da Band, como qualquer outro ato de campanha”, pontuou Boechat.