Moro condena ex-tesoureiro do PT e mais 12 pessoas por esquema de R$ 20 mi no Pré-Sal

O juiz federal Sergio Moro condenou o ex-tesoureiro do PT, Paulo Ferreira, o ex-diretor da Petrobras Renato Duque e o empreiteiro Leo Pinheiro e outras dez pessoas por corrupção nas obras do novo Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes), na Ilha do Fundão. O caso envolve propina de R$ 20,6 milhões, o equivalente a 2% do contrato da licitação.

Ferreira foi sentenciado a nove anos e dez meses por lavagem de dinheiro de R$ 2, 1 milhões e associação criminosa. Além dele,também foram condenados o operador e lobista Adir Assad, o ex-diretor da OAS Agenor Franklin Medeiros, o ex-vereador do PT Alexandre Romano, Edison Freire Coutinho, Erasto Messias da Silva Júnior, Genésio Schiavinato Júnior, José Antônio Marsílio Schwarz, o empresário Ricardo Backheuser Pernambuco, Rodrigo Morales, Roberto Ribeiro Capobianco e Roberto Trombeta.

o Consórcio Novo Cenpes, formado pelas empreiteiras OAS, Carioca Engenharia, Construbase Engenharia, Construcap CCPS Engenharia e Schahin Engenharia, fraudou a licitação das obras da Petrobras para a ampliação novo Cenpes por meio de pagamento de propinas a funcionários da estatal e a partidos políticos.

Como se não bastasse, as empreiteiras também ofereceram propina à empresa WTorre, que havia apresentado a melhor proposta na licitação, para que se afastasse da disputa.

Instalado há 40 anos na Ilha do Fundão, no Rio, o Cenpes foi duplicado para atender ao desafio de buscar novas tecnologias para retirar petróleo de águas ultraprofundas, o pré-sal, maior bandeira do governo Dilma.