Na mesma sessão que retirou as delações da Odebrecht contra Lula, Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes e Dias Toffoli decidiram tirar de Sergio Moro os relatos dos executivos da empreiteira sobre os crimes na Refina Abreu e Lima, em Pernambuco.
Os termos da delação serão enviados a uma vara criminal de Recife.
Os investigadores da Operação Lava Jato acreditam que as obras da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, podem ter custado 16% a mais do que deveriam. Para eles, parte dos valores do sobrepreço foram usados para repasses a políticos e partidos.
A investigação nos documentos do consórcio, liderado pela construtora Camargo Corrêa, durou cerca de três meses. Os investigadores analisaram extratos, movimentações financeiras e e-mails.
Nos documentos apreendidos na Camargo Corrêa – construtora responsável pela obra – a Polícia Federal encontrou provas de que a construtora depositou R$ 26 milhões para 30 empresas suspeitas de lavagem de dinheiro. Entre elas, estão a Costa Global, empresa de consultoria do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa e a JD Consultoria, que pertence ao ex-ministro José Dirceu.
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