Substituto de Alckmin recebe líder do grupo terrorista Hezbollah na sede do governo de São Paulo

O pré-candidato do PSDB à Presidência da República, o Geraldo Alckmin deixou o cargo de governador do estado de São Paulo no último dia 6. Quem assumiu o posto foi Márcio França (PSB), vice-governador que ficará no cargo até 31 de dezembro de 2018. E uma de suas primeiras ações midiáticas foi receber o xeique xiita Bilal Mohsen Wehbe, o “embaixador” do Hezbollah, que esteve entre os convidados de um evento realizado na terça-feira passada (17) no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista.

Libanês naturalizado brasileiro, Wehbe se tornou o principal nome do grupo terrorista Hezbollah na América do Sul, depois que Mohsen Rabbani foi obrigado a fugir da Argentina, acusado de ter sido o arquiteto do atentado contra a sede da Associação Mutual Argentina, em 1994, em Buenos Aires.

Para o Departamento do Tesouro americano, trata-se de um dos principais nomes do Hezbollah atuando na região da Tríplice Fronteira (Brasil, Argentina e Paraguai). Após ter enfrentado problemas legais no Paraguai, Wehbe mudou-se para São Paulo, onde comanda a mesquita do bairro do Brás.

“É preocupante ver um membro do Hezbollah ter acesso aos mais altos níveis do governo. São internacionalmente conhecidos os vínculos dessa organização com o contrabando e o tráfico de drogas na região da Tríplice Fronteira e os efeitos sobre o Brasil. Seria prudente que os governantes se cuidassem melhor para evitar dar legitimidade para extremistas”, avalia o especialista em segurança Emanuele Ottolenghi, da Fundação para Defesa das Democracias, sediada em Washington.

Entre as muitas denúncias de Ottolenghi no Congresso dos Estados Unidos estão os vínculos do Hezbollah, cujo representante brasileiro é Wehbe, com o PCC, visando o envio de cocaína para o Oriente Médio.

Com informações do Gospel Prime