Zanin quer uma espécie de “Foro Privilegiado vitalício para Lula” para que ele seja investigado só no STF

No processo conhecido popularmente como “quadrilhão do PT” – um dos que tiveram origem na Operação Lava-Jato – a defesa de Lula pediu nesta sexta que ele continue a ser investigado no Supremo Tribunal Federal (STF).

Detalhe: numa decisão tomada na semana passada, o relator do inquérito, ministro Edson Fachin, dividiu o processo em dois e manteve no STF apenas os casos da presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), e de seu marido, o ex-ministro Paulo Bernardo.

A parte envolvendo Lula e Dilma (que não possuem foro privilegiado) foi enviada para a Justiça Federal do Distrito Federal.

O pedido foi enviado diretamente a Fachin.

A matéria lembra que na época, sob pressão, “o então procurador-geral da República Rodrigo Janot denunciou os dois ex-presidentes e mais seis pessoa ligadas ao PT pelo crime de organização criminosa”.

O valor da propina recebida pela turma teria chegado, segundo Janot, chegou a R$ 1,485 bilhão.

O PGR apontou Lula como líder e “grande idealizador” da organização criminosa, devendo inclusive ser condenado a uma pena maior por isso. O grupo teria agido entre 2002, quando Lula venceu a eleição presidencial, e maio de 2016, quando Dilma deixou interinamente o cargo de presidente por ter sido afastada, antes de ser cassada.

A maior parte dos ministros do STF foi nomeada por Lula ou Dilma.