Ministro da fazenda anunciado por Bolsonaro defende privatizar tudo e cortar brutalmente impostos

Ex-capitão do Exército com antigas posições estatizantes, Jair Bolsonaro conferiu a um liberal a tarefa de criar seu programa econômico. O momento do país pede uma política econômica baseada no livre mercado.

Aos 68 anos, Paulo Guedes tem doutorado pela Universidade de Chicago, instituição que se tornou o símbolo do liberalismo, alma mater de 29 prêmios Nobel de Economia, entre eles Milton Friedman, ícone dessa escola de pensamento econômico.

Com uma próspera carreira na área bancária, ele encontrou no presidenciável um aliado improvável. Desde novembro, os dois têm tido conversas quinzenais de quatro a cinco horas sobre temas econômicos. Falam-se com frequência por WhatsApp.

O presidenciável, segundo Guedes, tem aceito sua receita de privatização radical, corte de impostos e independência do Banco Central.

Depois de décadas recusando convites para ingressar no setor público, Guedes, CEO do Bozano Investimentos, se diz pronto a trocar suas caminhadas diárias pelo calçadão do Leblon por “aquela confusão lá” (Brasília). Bolsonaro já avisou que, se eleito, ele será seu ministro da Fazenda.