
Confira a matéria divulgada no site oficial da Câmara:
As propriedades onde houver a utilização de milícia armada serão expropriadas pela União, sem qualquer indenização aos proprietários e sem prejuízo de outras sanções legais. É o que determina a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 376/17, do deputado Rubens Pereira Júnior (PCdoB-MA), em tramitação na Câmara dos Deputados.
A PEC estabelece também que os bens de valor econômico e os armamentos apreendidos serão confiscados e revertidos em benefício das políticas de segurança pública, da reforma agrária e das Forças Armadas. O conceito de milícia armada será definido posteriormente em lei.
Avanço
O deputado afirma que o objetivo da proposta é conter o avanço das milícias que atuam em regiões de conflito fundiário, como o Norte do País. Ele citou dados recentes da Comissão Pastoral da Terra e de comissões parlamentares de inquérito (CPIs) instaladas em Assembleias Legislativas de vários estados brasileiros, que apontaram o crescimento de milícias “espalhadas de norte a sul do País.”“É imperativo que o Estado brasileiro venha a agir no sentido de coibir e combater esse estado de coisas”, disse Pereira Júnior. A proposta, segundo ele, busca atacar o problema pela via do patrimônio do infrator.
Tramitação
A PEC 376/17 será votada inicialmente pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, que analisará a admissibilidade do texto. Se for aprovada, será criada uma comissão especial para analisar o teor da proposta. A votação final ocorrerá no Plenário da Câmara.
Resumindo, se o fazendeiro tentar se proteger do MST, terá suas terras tomadas. Caso não reaja ao MST, também terá suas terras tomadas.
NOTA DE ESCLARECIMENTO
Sobre a PEC 376/17, em tramitação na Câmara, o deputado federal Rubens Pereira Júnior (PCdoB-MA) esclarece que o objetivo da proposta é conter o avanço das milícias armadas que atuam em regiões de conflito fundiário, seja na prática de ocupação como para a manutenção das terras.
A PEC não prejudica a legítima defesa da terra, mas endurece a lei para milicianos e combate a bandidagem. Com isso, ficarão ainda mais resguardados os proprietários legítimos, que muitas vezes têm suas terras invadidas por milícias armadas.

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