Os partidos de extrema-esquerda PCdoB, PSOL e PDT – que manifestaram apoio ao ex-presidente petista condenado, Luiz Inácio Lula da Silva, não querem aderir à proposta de aliança do PT. Ou seja, amigos, amigos, eleições a parte.
PCdoB pretende lançar a deputada comunista Manuela D’ávila, enquanto o PSOL deve apostar no líder da milícia MTST, Guilherme Boulos. Já o PDT seguirá com o coronel Ciro Gomes.
“O PT é um partido que sempre buscou hegemonia. Nunca tive a ilusão de que eles poderiam apoiar o Ciro. Se não for o Lula, eles vão lançar outro candidato”, disse Cid Gomes, ex-ministro da Educação no governo Dilma Rousseff e irmão de Ciro. “O PT quer lançar uma frente contando que o candidato seja deles. Tem sido a prática nos últimos anos”, afirmou o vice-presidente do PDT e líder da bancada na Câmara, André Figueiredo (CE).
Ex-ministro do Esporte nos governos Lula e Dilma, o deputado comunista do PCdoB Orlando Silva declarou: “Nossa pré-candidatura está consolidada. A Manuela vai expressar nossos pontos de vista. Temos a estratégia de afirmar a identidade do PCdoB. Torcemos para que Lula tenha o direito de concorrer, mas, independentemente de ele ser candidato ou não, nós teremos a Manuela”.
Sobre o PSOL, Ivan Valente disse: “A candidatura caminha celeremente para ser a do Boulos. A tendência é ele se candidatar de qualquer forma. Uma coisa foi a luta contra o impeachment e contra a condenação do Lula, porque achamos que não havia provas. Outra coisa é termos um programa político e ideológico alternativo”.
Na última quinta-feira, o PT havia lançado uma proposta de aliança para as siglas. Foi rejeitada. Parece que a extrema-esquerda estará pulverizada nessas eleições.
As informações são da Folha de S. Paulo.
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